sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

BR135+ - distância abissal entre teoria e prática.

Há pouco mais de quatro anos, quando criei este espaço, tinha a certeza que em certo momento, estaria narrando eventual insucesso, uma vez que, nem sempre as coisas saem dentro da programação.

O primeiro DNF a gente nunca esquece!!!

Então, eis que este dia chegou e por coincidência ou destino, ocorreu justamente em uma prova que venho sonhando a considerável tempo - BR 135+, no resumo da ópera: lá pelo km 105 da prova, a coluna do Quelônio do Cerrado ficou travada e as dores me fizeram "abortar a missão".

Vejamos!!!
Pico do Gavião - Km 37
No ano passado, após correr em quarteto a 1ª edição da BR 135+, eu e outros amigos da Equipe Bsb Parque, retornamos à Brasília com sentimentos, digamos, contraditórios; evidentemente, em primeiro plano vinham a alegria e satisfação pela conclusão de nossas metas individuais e coletivas; em outro sentido, haviam insatisfações quanto à organização e o desenrolar da ultramaratona das montanhas - BR135+.

A princípio, era uma atmosfera difusa, sem brilho, pois o evento de 2015, não ocorreu como desejado, principalmente, quando confrontado ou comparado com as outras 10 edições da então BR135 - 217 km.

O tempo é o senhor da razão...

No imaginário popular, dizem: "o tempo é o senhor da razão" e assim, o tempo foi passando, as eventuais feridas começaram a cicatrizar e as magoas com a prova de 2015 ficaram ao longo do caminho, paulatinamente.
Arte: H2 Comunicação Visual - Guaíra
Neste cenário, nasceu o projeto da "longa caminhada", desenhado pelo Samuel Toledo e encampado por 3 amigos: Eduardo Rodrigues, Wilson Bomfim e Dionísio Silvestre.

Recordo-me que a ideia surgiu assim que retornamos da 90ª Comrades Marathon. Na tese sustentada pelo amigo, havia a possibilidade de se concluir os 256 Km da BR 135+ (equivalente a 6 maratonas) apenas caminhando, todavia, otimizando estrategicamente as paradas para alimentação, hidratação e descanso.

Distância abissal entre teoria e prática...

A rigor, não correríamos durante a prova e ainda assim, seria possível cumprir o tempo limite estabelecido pelos organizadores, no caso 62,5 horas, daí, entre a teoria e a prática, havia uma distância abissal.