quarta-feira, 4 de junho de 2014

E agora, cadê minha bagagem?

Planejar com antecedência é a alma do negócio, assim, em virtude das situações pitorescas e dos acontecimentos ocorridos antes, durante e depois da Comrades Marathon 2014, vou tentar resumir a resenha da prova em 03 episódios.

A primeira postagem, versa sobre uma situação um tanto quanto corriqueira, relacionada ao extravio de bagagens nos aeroportos. Com certeza você conhece alguém que já passou por situações desagradáveis e constrangedoras.

No dia 28 de maio de 2014 - quarta feira, começava no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, o primeiro capítulo da viagem de quatro corredores amigos, Samuel Toledo, Ornaldo Fernandes, Wilson Bomfim e Dionísio Silvestre, para participarem da Comrades Marathon na África do SulNaquele dia, a porta de saída do país se daria pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Almoço no Aeroporto de Guarulhos
Samuel, Lucas, Márcio, André, Rosimeire e Fernandes
Para se chegar a Durban - no litoral do Oceano Índico - primeiro é necessário passar por Joanesburgo, que fica na região central da África do Sul.

Em decorrência da longa jornada - (Brasília x Guarulhos + Guarulhos x Joanesburgo + Joanesburgo x Durban ) - não havia outro pensamento no grupo, senão, chegar logo ao Beach Hotel e Tropicana Hotel, em Durban e depois, literalmente correr para a "Bonitas Comrades Expo", para a retirada do kit de corrida.

No desembarque na cidade de Joanesburgo, ocorreu um pequeno desencontro, ficamos sabendo que Ornaldo Fernandes não nos acompanharia no último trecho, tendo em vista que sua passagem tinha intervalo um pouco maior entre as conexões, em resumo, só chegaria à Durban ao anoitecer.

À noite, Fernandes finalmente chegou ao hotel, trazia consigo um semblante de preocupação: a companhia aérea havia extraviado a bagagem, todavia, a aflição durou pouco tempo. Na manha seguinte, sexta-feira, 30.05.2014, a mala do mala foi recuperada (ainda bem, ufa!!!). 

Após a solução do imbróglio, restava uma dúvida: como pequeno quatorze conseguiu se comunicar com o pessoal da empresa aérea. Imagino que tenha sido assim: 

Desembarque realizado, todos aguardam suas bagagens, o tumulto diminui, Fernandes se vê sozinho, frente a uma esteira vazia. Imediatamente indaga à funcionária:

- Girl... cadê minha bagagem?

- Excuse me - did you lose your bag? - Wait a moment, please.

Algum tempo se passou e o responsável pelo setor de devolução de bagagem chega.

- Hi Mister Fernandes. Apologise me about your bag. When we'll find, I promise that I'll send to you tomorrow.

Nesses momentos de turbulência a gente só ouve o que imagina, ou seja, o pior cenário possível.

- Eu moro... eu moro em Brasilia. Não... não... não, quero a bagagem aqui... "riar nau".

Confusão formada, nenhum funcionário conseguia entender o indiozinho tarahumara. Logo, percebem a dificuldade do estrangeiro.

- Do you speak english?

- Sou Brasileiro e não desisto nunca.

- Oh my god, I Think so that you do not understand me!!! - Take it easy, please take sit.

Sentado, aguardou duas longas horas.

- E agora, cadê minha bagagem?

- Sorry, we d'ont found your bag. I take note your hotel, d'ont worry.

Cansado e sem outra alternativa, resolve aguardar no hotel. Ainda bem que os momentos de angustia resumiram-se a tão somente uma noite. A novela chegou a um final feliz: o mala achou sua mala.

- God blessed you Mister Fernandes!!! Enjoy the Comrades Marathon next Sunday. -

- Sorvete... hoje não... obrigado!!!

Resguardada as devidas proporções e descontado o viés humorístico, penso que por muito pouco a prova dos sonhos, não se tornou pesadelo para o amigo, considerando que a bagagem que fora despachada, continha absolutamente todos os objetos que ele usaria durante a prova, pois sua bagagem de mão só trazia os materiais eletrônicos, tais como: relógio com gps, celular, carregadores e material de higiene pessoal.

Para concluir deixo minha indagação para eventual reflexão dos amigos!!!

Quando a prova exigir uma longa viagem, com escalas e conexões, não seria interessante viajar calçado com o tênis da prova? 

Igualmente, não seria prudente levar a roupa esportiva (regata, bermuda ou calção) e os demais objetos ( relógio, boné e óculos) na mochila (bagagem de mão).

Ultra abraço,

Dionisio Silvestre

12 comentários:

  1. Silvestre,

    Acho que seu texto representa fielmente o que aconteceu, o Fernandes só deve ter acrescentado alguns nomes feios impublicáveis, hehehehe.

    Aquele abraço,
    Samuel Toledo

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    1. Samuel,

      Imagino o nível de tensão que nosso amigo ficou. Quanto aos nomes impublicáveis, pagaria prá ver a cena. Forte abraço,

      Silvestre

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  2. Isso é o preço que se paga pro ter ido ao colégio só pra comer a merenda...

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    1. Fernandes,

      Embora a postagem tenha usado o viés do humor, penso tratar-se de uma questão bem séria. No teu caso o desconforto foi por pouco tempo, imagine aqueles que o extravio não é solucionado. Valeu Campeão!@@!

      Silvestre

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  3. Dionísio, a narrativa do episódio com Fernandes ficou ótima e engraçada. Mas, imagino como não deve ter sido apreensivo para ele. Que este exemplo ajude muitos outros em próximas viagens.
    abraço
    Helena

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    1. Helena,

      Depois da tempestade tudo é engraçado, mas, percebi que o Fernandes ficou sem ação no episódio, ele não tinha meios de solucionar a questão, só lhe cabia aguardar.

      Dionisio Silvestre

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  4. Silvestre, fica para todos nós uma grande lição: a de não deixar que isso aconteça conosco.

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    1. Nilo,

      Nessas horas, todo cuidado é pouco. Ultra abraço,

      Silvestre

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  5. Silvestre meu amigo,

    Estou aqui dando risadas e ninguém do trabalho entende o porque....rsrsrs
    Adorei Fernandes dizendo que só ia prá escola comer merenda... Eu sempre levo o que utilizar durante a corrida dentro da mochila e essa não desgrudo por nada... Faço isso a muitos anos de tanto ouvir histórias de corredores...

    Bjks...Nos vemos no caminho...

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  6. Há algum tempo, separo na mochila o material que usarei na prova. Assim, acontecendo algum imprevisto, a solução não exigirá acrobacias. Forte abraço,

    Silvestre

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  7. Pai!!! Essa narração que você fez do episódio que ocorreu com seu amigo é hilário, mas pra ele deve ter sido bem complicado...ainda bem que tudo se resolveu.

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  8. Querida filha,

    Apesar da narração com o viés do humor, o amigo Fernandes passou uma noite no sufoco, quase que a vaca foi pro brejo. No final tudo deu certo.

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Aos leitores do blog "Correr é Pura Paixão" deixo meu profundo agradecimento. Aguardo seu comentário, uma vez que a participação de vocês é de grande importância para o aprimoramento dos relatos.

Ultra abraço,

Dionisio Silvestre