terça-feira, 20 de janeiro de 2015

BR 135+ - A hora da verdade em 18 capítulos

Na postagem da semana passada, enalteci o ambiente e a atmosfera que reinaria antes, durante e depois da BR 135 (+) e BR 281; comentei sobre a importância do planejamento logístico; registrei a falta de sorte do guerreiro Vilmar Rocha - que sofreu lesão no decorrer dos treinamentos - comemorei a chegada do novo integrante da Equipe Bsb Parque: Luís Ricardo do Carmo; em resumo, o ensaio versou sobre os nossos preparativos para a corrida.
No dia 18.01.2015, domingo, separei imagens e flagrantes captados durante o evento e construí a "seção eu estava lá", como forma de homenagear, materializar, solidificar, registrar, consolidar, reafirmar a intensa amizade que flui naturalmente em nosso grupo.
Vida longa aos guerreiros(as)!!! - Ana, Jorge, Irineu, Rodrigo, Fernandes, Ari(s), Samuel, Eduardo, Sebastião, Luís Ricardo, João e Bomfim.
Hoje, à medida do possível, comentarei sobre o desenrolar da prova, de preferência, ilustrando com vídeos e imagens dos locais e do caminho da fé.



pelos caminhos de um Brasil quase invisível!!!
Nosso "pé na estrada", em direção ao desafio, deu-se às 06:10 h, do dia 12.01.2015, segunda-feira, quando nos reunimos no estacionamento da "Padaria Pão Dourado", que fica na saída sul de Brasília, onde partimos para São João da Boa Vista - SP, em 3 veículos com tração 4 x 4, abarrotados de malas - sentido real e figurado da palavra - muita água, alimentos, bastante isotônico, boa quantidade de água de coco, muita disposição, bastante entusiasmo e infinita amizade; enfim, estávamos prontos para o bom e justo combate.
O congresso técnico, denominado pré-race meeting, aconteceu no dia seguinte, 13.01.2015, terça-feira, nas instalações da UNIFAE - Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino, na cidade de São João da Boa Vista - SP.
A largada da prova foi realizada às 20:00 h, do dia 14.01.2015, quarta-feira, bem diferente das 10 edições anteriores da BR 135 (solo) e da BR 217 (revezamento), onde o tiro de partida ocorria na parte da manhã.

Embora significativa, a alteração do horário não modificou o entusiasmo e a motivação do quarteto, entretanto, gerou custos adicionais na logística da equipe (reserva de hotel).

1 - São João da Boa Vista - Km 0

Para homenagear a chegada do Luís Ricardo, novo integrante da Equipe Bsb Parque - Quarteto Vá Idosos, o Capitão Dudu delegou a atribuição para que o novato participasse da largada, assim, ao invés de comentar com palavras, utilizarei o vídeo que fiz naquele momento inesquecível. Vai ser bem melhor do que ficar lendo!!!


Após a largada, o imponderável aconteceu quando Wilson Bomfim foi flagrado por exceder o limite de velocidade para o trecho (40 km/h). Penso que o episódio decorreu do excesso de adrenalina, noradrenalina, norepinefrina e tantas outras substâncias químicas que seu corpo produzia, sem deixar de mencionar o entusiamo do guerreiro.
No Km 10 - ocorreu a primeira transição dos Vá Idosos, Luís Ricardo descansaria, enquanto o mestre Eduardo se encarregaria de levar as cores da Bsb Parque até a cidade de Águas da Prata, algo em torno de 8 a 9 km, uma vez que o carro de apoio não consegue acompanhar o atleta pela trilha.
O destaque da transição ficou por conta da quantidade de veículos que chegavam ao local e ao mesmo instante. Não foi tarefa fácil, efetuar a manobra no curto espaço da estrada e depois retornar para São João da Boa Vista e dirigir-se à Águas da Prata.
2 - Águas da Prata - Km 19

Para fugir da aglomeração, montamos o ponto de transição um pouco acima da Avenida Washington Luiz, local tradicional para a transição dos atletas da categoria revezamento.
Em doses homeopáticas, a hora da verdade estava chegando para o khelônio; pois na estratégia do quarteto, passaríamos a correr trechos de 4 km. O clima noturno facilitou a vida, tanto de pangarés - que é o meu caso - quanto dos puro sangue ingleses. Com certa tranquilidade, percorri a primeira meta em 25:33, ritmo de 06:01 min/km.

3 - Base do Pico-do-Gavião - Km 32

Dentro da estratégia delineada, o quarteto logo chegou à base do Pico do Gavião, que fica por volta do km 32. Aquele local merece muita atenção, pois não é raro os casos de equipes que foram desclassificadas por não terem ido até o ponto de controle no topo da montanha, daí, a exigência dos organizadores da prova, no sentido dos atletas já terem participado ou conhecerem o percurso da corrida.
Em virtude da sequência de transição, 4 km para cada integrante, fiquei encarregado de chegar ao ponto mais alto daquele local; quando lá cheguei, encontrei Henrique, atleta discípulo do ultramaratonista Manoel Mendes.

Não sei ao certo o momento da corrida, quando nosso quarteto ficou sabendo que após a descida do Pico do Gavião, km 42, o "ogro Wilson Bomfim" havia desistido da prova, uma vez que padecia de uma gripe forte e também vinha da recuperação de fratura de stress na região do tornozelo. Vida longa guerreiro, ano que vem tem mais!!!
4 - Andradas - Km 63

Na descida para a cidade de Andradas, Sebastião Santos, percebendo o silêncio que reinava naquele trecho da Serra da Mantiqueira, passou a dar sonoros gritos de guerra, no propósito de animar o ambiente e os integrantes da equipe.
Ocorreu que, os cachorros dos sítios e fazendas ficaram aguçados com tamanha bagunça, em plena madrugada. Não demorou para que eu pagasse o tributo de termos acordado a "matilha"; quando fui passando ao lado de uma casa simples, percebi uma dupla, no lado esquerdo da estrada.

O primeiro ficou parado à margem da pista, quieto - o outro - corria para todos os lados e latia incessantemente. Com a cautela devida, usei o facho de luz das lanternas de cabeça e de mão, para me certificar que não seria atacado; ledo engano, quando pensei que escaparia do ataque, ouvi o barulho sobre as pedras, indicando que algo se movimentava rapidamente, só deu tempo de virar e usar o facho de luz das lanternas novamente. Ufa!!! escapei da mordida.

5 - Serra dos Limas - Km 77

A primeira parte da subida da Serra dos Limas foi tarefa para o guerreiro Eduardo Rodrigues, ficando a parte final por minha conta.
Enquanto isto, o amigo Sebastião Santos se divertia, comentando que para ele era só o filé - com trechos menos íngremes, pois no percurso não há moleza.

6 - Barra - Km 84

O destaque da nossa passagem por Barra, ficou por conta de um dos "pontos sensíveis" do percurso, ou seja, naquele trecho há uma subida muito escorregadia, que faz muitas vítimas, especialmente, aqueles que não conhecem as características do local e tentam vencer a natureza com carros não apropriados para passar pela lama; foi o caso do carro de apoio de um quarteto, que não conseguiu seguir pelo caminho da fé, obrigando-os à retornar até Barra e usar a rota alternativa até Crisólia.
7 - Crisólia - Km 99

Não me recordo de um destaque especial quando passamos por Crisólia, a grosso modo, lembro que não haviam equipes no alcance de nossos olhos, à frente e à retaguarda.
Enquanto isso, por intermédio dos aplicativos eletrônicos, recebemos mensagens que na categoria solo, Jorge Coentro (Ultras do Cerrado) e Samuel Toledo (Bsb Parque), mantinham-se firmes na prova e dentro das metas previamente estabelecidas. Show de bola dos casca grossa.
8 - Ouro Fino - Km 106

Enquanto o Capitão Dudu corria, resolvemos fazer uma parada estratégica, para registrar a passagem de Sebastião Santos e Luís Ricardo, em frente ao monumento que faz alusão ao "menino da porteira"Naquele instante, vagarosamente, a noite cedia espaço para o dia.
9 - Inconfidentes - Km 115

Com o dia claro, o corpo dava sinais que um café da manhã seria muito bem vindo, entretanto, apesar da pequena distância que separam as cidades de Ouro Fino e Inconfidentes, não foi possível suprir a demanda orgânica.
Por unanimidade, decidimos que o café da manhã reforçado, seria servido um pouco mais adiante. Seguindo a filosofia "se vira nos trinta", cada integrante faria, a gosto próprio, pequenas refeições até a parada estratégica do café da manhã.

10 - Borda da Mata - Km 137

À medida do possível, marcávamos nossa posição no aplicativo fornecido pelos organizadores, entretanto, em decorrência da necessidade de combinar GPS + REDE DE DADOS, por vezes, a tarefa tornava-se inconsistente. Assim, era possível aos amigos e familiares, acompanhar nossa corrida em tempo real.
11 - Tocos do Moji - Km 153

Com a temperatura aumentando, encarei um trecho de 4 km, com altimetria positiva de 297 metros, temperatura média de 27,2° C, onde gastei 35:57, ritmo de 08:57 min/km. A caminhada predominou em relação à corrida.

Percebendo a dificuldade que eu teria no trecho com muita subida, Capitão Dudu, estabeleceu o acampamento no ponto de transição, montou o fogareiro e aqueceu nosso café da manhã reforçado - macarrão integral com molho bolonhesa. Era a salvação da lavoura!!! uma delícia, diga-se.
Quando cheguei ao ponto de transição, Sebastião Santos era o único integrante que não havia se deliciado com a iguaria; ou seja, era o meu substituto e sua alimentação seria feita assim que terminasse o trecho de 4 km.

Como eu havia mencionado anteriormente, durante a madrugada, não haviam equipes em nosso campo visual (à frente ou à retaguarda), entretanto, mal terminamos o café da manhã, fomos surpreendidos por uma equipe, que literalmente voava nas subidas, chegando em certo momento, passar por nossa equipe, porém não mantinha o nível de performance.

12 - Estiva - Km 175

Ao reduzir nossa meta de corrida para 2 km, recuperamos a posição no trecho dentro no município de Estiva, a seguir; passamos por sobre a Rodovia Fernão Dias, mantemos o ritmo padrão da equipe, conseguimos nos distanciar da outra equipe novamente.

13 - Consolação - Km 195

Muito intrigado com o que estava acontecendo, ao tempo em que corríamos, tentávamos acompanhá-los no campo visual, até mesmo para afastar o "fantasma do pedal", que tanto nos assusta e atormenta!!!

No linguajar militar, quando você tem plena visão do terreno, você tem comandamento.

Em dado momento, enquanto corria e caminhava (subida alucinante), próximo da cidade de Consolação, não enxerguei atleta ao longo da subida, pela qual eu tinha pleno comandamento do terreno; na melhor das hipóteses, só enxergava os dois veículos de apoio, que subiam a ladeira.

Bastou eu perder comandamento do terreno, sucessão de curvas, um pouco antes do km 1 - veja o mapa - para ser surpreendido por um corredor cerca de 50 a 100 metros atrás e a passos largos na subida.
Naquele instante, de novo, suscitei que seria o "fantasma do pedal", trinquei os dentes e acabei cometendo o pecado de imprimir um ritmo alucinante na descida, algo em torno de 04:19 min/km. O fato é que em nova oportunidade, nos distanciamos da equipe que nos perseguia.

Se acredita que rebusquei a questão, segue o link do trecho de 2 km que corri: http://connect.garmin.com/modern/activity/676354961

14 - Paraisópolis - Km 217

Quando nosso carro de apoio se aproximou da cidade de Paraisópolis, uma tempestade com raios, trovões e granizo começou. Em medida de cautela, assim que Luís Ricardo alcançou o veículo no ponto de transição, resolvemos aguardar a chuva passar. No instante que a chuva diminuiu, fomos ultrapassados pela equipe que vinha no nosso calcanhar.
Confesso que senti muita saudade quando passei ao lado da igreja, que por 10 anos foi o local da festa da BR 135 e BR 217, imediatamente, recordei-me de algumas oportunidades, em que fiquei sentado nas escadarias, aguardando os tantos amigos que já concluíram o desafio dos 217 km ou, se assim você desejar, das 135 milhas.

15 - Luminosa - Km 251

A presença constante da outra equipe gerou muita expectativa em nosso grupo, de tal sorte que modificamos a estratégia de corrida, ou seja, daquele ponto em diante, seríamos caçadores, ou seja, nada de correr à frente e sim, lado a lado.

Surpreendentemente, quando eles perceberam que iríamos naquela estratégia até o final (lado a lado), um dos integrantes parou e solicitou massagens. A Serra da Luminosa estava à nossa frente e mais uma noite se aproximava.



Até aqui, tudo ocorria em perfeita harmonia, entretanto, um pouco mais à frente, enfrentamos outro desafio pelo caminho: "passar pelo carro de apoio de outra equipe", que insistia em não permitir a passagem do nosso carro de apoio, tendo como alegação, que estava iluminando a estrada para o atleta, que não portava lanterna de cabeça e colete reflexivo, o que por si só, contraria o regulamento da prova. Confira o vídeo!!!
Após o susto, um obstáculo gigantesco, chamado Serra da Luminosa. Para contextualizar, no intervalo de 1 km que estive correndo, diga-se andando, venci uma altimetria de 131 metros, ou seja, inclinação de 13%.

16 - Pesqueiro da Montanha - Km 269

Às 22:00 horas em ponto, chegamos ao posto de controle do Pesqueiro da Montanha; recebemos a notícia da necessidade de pacer para o atleta nos próximos 6 km (medida de cautela); mesmo combalido, segui com o "dinossauro Dudu" pela trilha do pesqueiro. Em tese, o Pesqueiro da Montanha ficava tão somente à 7 km do Pico do Embiri, pois 276 - 269 = 7, matemática pura.
Ao chegar ao final dos 6 km, os "staff" tinham informação avassaladora: "a corrida estava longe de acabar". Por mais esforço cognitivo eu fizesse, não conseguia entender o que estava acontecendo, o jeito era seguir em frente e deixar o "muro das lamentações" para outro momento. Ocorreu que, começamos a correr dentro do labirinto, com paisagens e instalações semelhantes; até as flores eram iguaizinhas (brancas), juro!!! - Por longos 14 km, a dúvida venceu a certeza.

Nos alegramos um pouco, ao avistarmos o asfalto, entretanto, outra notícia ruim, ainda seria necessário passar pelo Pico do Embiri, onde havia a equipe de controle da prova.

17 - Pico do Embiri - Km 276

Foi o momento em que nosso "decano" assumiu a responsabilidade de embrenhar-se pela trilha, sem o acompanhamento do carro de apoio. Quanto ao restante do grupo, seguiria pela rodovia até alcançar a Praça da Concha Acústica, em Campos do Jordão.
A coisa não estava fácil para ninguém!!! - No caminho para Campos do Jordão, havia um caminhão transportando carga especial, que a seu turno, havia se enroscado com a fiação, derrubando um poste sobre o leito da via. Enquanto buscávamos uma solução para o novo problema, o gigante Dudu encarava a trilha de alma lavada.

18 - Campos do Jordão - Km 281

No meio da madrugada gelada, os obstáculos foram contornados; era o momento da redenção. Por precaução, o mestre Eduardo levou consigo o telefone celular para contornar eventuais problemas; ele estava coberto de razão, pois durante a sua epopeia final, foi necessário mantermos contato por duas oportunidades.

Com extrema dificuldade, gerada pela ausência de sinalização no percurso urbano em Campos do Jordão, Eduardo Rodrigues avançou até alcançar a linha de chegada da prova. Por coincidência ou destino, quando ele chegou à cidade, efetuou ligação telefônica para nosso grupo orientá-lo, quanto ao local correto da linha de chegada, eis que durante a ligação telefônica, um "abençoado e barulhento motoqueiro", diga-se, muito veloz, passou ao meu lado e logo mais à frente, cerca de 500 metros, ao lado dele, daí, por dedução, o gigante encontrou o caminho das pedras.
Após percorrer 13 km, a partir do último ponto de transição, Eduardo Rodrigues cruzou a linha de chegada às 03:34 da matina, juntamente com os demais integrantes do quarteto Vá Idosos - Bsb Parque, o que nos rendeu a honrosa terceira colocação no evento, com o tempo de 30 horas e 34 minutos.
Nossa prova havia encerrado, entretanto, nossa atenção estava voltada para os amigos Ariovaldo Branco (50 horas e 55 minutos), Jorge Coentro (64 horas e 47 minutos), Samuel Toledo (68 horas) e tantos outros que se lançaram a correr e concluir aquele desafio sobre humano, na categoria solo.

Para encerrar, deixo meu alerta aos organizadores, no que tange a marcação, sinalização e distância correta do percurso, pois caracterizam-se ingredientes essenciais e indispensáveis para a construção de uma inesquecível prova.

Neste aspecto específico (prova inesquecível), sem receios de errar, digo que a BR 135+ e BR 281, embora desgastante e sobre humana, possui potencial incomensurável e merece todo o nosso respeito!!! e não a bagunça que vimos neste ano de 2015.

Ultra abraço e nos vemos no caminho!!!

Dionísio Silvestre

10 comentários:

  1. É uma pena que, a prova tenha sido dessa forma depois de ver tanta garra e determinação por parte dos atletas... mas com certeza tudo será revisto em 2016...
    Parabéns a todos os participantes, que contaram com a "fé" para concluírem o percurso mesmo diante das dificuldades.

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    1. Querida,

      Sabe que você tem razão!!! nada melhor que 365 dias para que possamos refletir sobre os acertos e equívocos cometidos em determinada jornada. Acompanho a sua avaliação que para 2016, com "fé", tudo será revisto e quem sabe, o grupo de amigos esteja em nova e alvissareira aventura, pelas montanhas da Serra da Mantiqueira.

      Mil bjs,

      Dionísio Silvestre

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  2. Ficou maravilhoso o relato, o quarteto fantástico fez uma corrida excelente, fiquei triste ao saber que na família dos ultras temos pessoas capazes de pegar carona e de não dar passagem, tremenda falta de esportividade.

    Parabéns aos atletas Eduardo, Luís, Silvestre e Tião pelo esforço, disciplina e superação.

    Para 2016 estaremos novamente na largada.

    Aquele abraço,

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    1. Samuel,

      Contigo aprendi que os resultados alcançados, são diretamente proporcionais à dedicação e disciplina que nos entregamos ao treinamento (corridas, fortalecimento muscular, aspecto mental).

      De fato, é lamentável o aparecimento do "fantasma do pedal" em uma prova tão tradicional. Espero que tal falta de esportividade não ocorra novamente, todavia, caso aconteça situações semelhantes, não hesitarei em gravar e divulgar o fenômeno que nos assusta e atormenta.

      A propósito, parabéns pela belíssima participação, a prova não é para os que tão somente querem e sim, para os que podem e alcançam o patamar de mestres - "e você está nesta lista especial".

      Desejando que o criador ilumine nossos caminhos até o próximo desafio, me despeço com o tradicional ultra abraço!!!

      Silvestre

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  3. Meu amigo Dionísio,

    Já li, reli e compartilhei para um monte de gente, inclusive no Facebook.
    Ficou excelente.
    Parabéns, parabéns.
    Grande abraço.
    Eduardo Rodrigues

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    1. Capitão Dudu,

      Por três oportunidades, estive respirando a atmosfera da BR 135; primeiro na condição de equipe de apoio - 2013; depois correndo em dupla com nosso amigo Bomfim - 2014; e neste ano de 2015, com o Quarteto Vá Idosos na 1ª edição da BR 135+ e Revezamento BR 281.

      À cada nova oportunidade que retorno à Serra da Mantiqueira, meu sentimento é de uma aventura maluca, desafiadora e singelamente renovadora.

      Agradecendo pela convivência maravilhosa desta última semana, me despeço do amigo com o tradicional ultra abraço, ao tempo em que enalteço a primorosa e irretocável estratégia da equipe.

      Silvestre

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  4. Pai, apesar das dificuldades o importante foi a união e a perseverança de vocês, parabéns a você e os demais atletas!!!!!!! Esse terceiro lugar vale "ouro".Bjos

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    1. Oi Ju,

      Sem sombra de dúvidas os aspectos "união e perseverança" foram dois pontos primordiais para o sucesso da aventura. Quanto ao resultado final: Só o ouro!!!

      Mil Bjs,

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  5. Você além de um grande atleta, mais uma vez se revela um excelente narrador, parabéns! Quanto a mim, pela primeira vez em 26 anos de atletismo, tive que abandonar uma prova e não tive o prazer de exibir nos olhos o orgulho de ter concluído esta prova que nos leva quase ao limite do que nosso corpo pode aguentar. Mas acho que foi uma mensagem divina que recebi quando optei por desistir frente ao que estava sentindo no momento. Peço a Deus que se for da vontade dele, no ano que vem lá estarei com o firme propósito de vencer este desafio e trazer para casa a alegria de concluir esta difícil prova. Parabéns a todos citados aqui e aos heróis que alcançaram seus objetivos.

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    1. Amigo e mestre Bomfim,

      Sábia e inquestionável decisão, pois nas condições que você se encontrava, só agravaria a lesão, quiçá, comprometendo seus preparativos para a Rainha das Ultramaratonas.

      Penso que em breve, você terá o prazer de exibir nos olhos o orgulho de ter concluído a Comrades Marathon por 10 vezes consecutivas e da minha parte, estarei lá para comemorar com o meu mestre a inclusão no Green Number Club!!!

      Quanto a BR 135+; boas recordações habitaram minha mente enquanto corria, em especial, os bons momentos que passamos durante as duas oportunidades que estivemos juntos no antigo circuito de 217 km; seja na sua prova solo (2013) ou no revezamento (2014) - dupla "Suor e Sangue". Vida longa guerreiro!!!

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Aos leitores do blog "Correr é Pura Paixão" deixo meu profundo agradecimento. Aguardo seu comentário, uma vez que a participação de vocês é de grande importância para o aprimoramento dos relatos.

Ultra abraço,

Dionisio Silvestre