segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Os traquinas na Maratona de Curitiba - 2015

A cada nova experiência correndo maratona, fica a convicção que a prova merece perfeita estratégia e muito respeito, porque aqueles 42 km judiam bastante, todavia, é contagiante concluí-la ao lado dos amigos. Vai vendo!!!
Ricardo, Rafael, Samuel, Vilmar, Marcelo, Silvestre, Eduardo, Carlos
A Maratona Internacional de Curitiba, disputada no domingo, 15 de novembro de 2015, reuniu guerreiros(as) de vários cantos do Brasil, por consequência, entrou para a lista de provas inesquecíveis.
Jorge, Thiago, Silvestre, Samuel, Eduardo, Renato, Joyce
Avalio ser recompensador quando desenhamos uma meta (a da Dilma não) e alcançamos o resultado pretendido naquela corrida. O melhor indicativo é o nosso semblante pós prova ou seja, largo sorriso estampado no rosto, memória intacta sobre cada metro percorrido, em resumo: - o momento é singular e de extrema alegria.
largada da Maratona Internacional de Curitiba 2015
Por outro lado, penso ser renovador quando o objetivo não é alcançado, quando o caldo entorna, quando o planejamento foge ao controle e mais ainda, quando você trava extenuante combate, uma vez que os contratempos, te impulsionam a refletir sobre a prova de maneira qualitativa.

Agora, contraditoriamente aos dois aspectos: recompensador e renovador, correr com nuances de "traquinagem" - isso verdadeiramente não tem preço!!!

Vou tentar explicar:

Na última postagem: - "Papagaio come milho, periquito leva a fama", a resenha versou sobre as peripécias do amigo ST, que treina com muito afinco e com a faca nos dentes, quebrando todo mundo (literalmente), principalmente quando tem pela frente a famosa maratona.

Quanto ao "Quelônio do Cerrado" (eu) a planilha de treinos segue limitada por mazelas ortopédicas (antigas e complexas) ou seja, os treinos intensos não são recomendados - propensão a significativas lesões - daí, sigo no estilo: "um olho no padre e outro na missa".

Por coincidência ou ironia do destino, no domingo, sob céu nublado, em determinado momento do percurso da Maratona Internacional de Curitiba - 2015, esses dois personagens, digamos, distintos, corriam lado a lado.

Imaginem a cena!!!
Quelônio e ST
A molecagem ocorria assim:

No momento das subidas, demonstrando muita força e vitalidade, o "ogro" do Samuel  (03:52:52) ditava o ritmo forte (típico de meia maratona). Nas descidas, era a vez do não tão inocente Silvestre (03:36:21), sentar os cravos e manter o padrão do algoz.

Aquela batalha épica e particular, seguiu por cerca de nove quilômetros. O fato era que nenhum dos dois se dava por vencido ou queriam ficar para trás!!!

O resultado prático daquela traquinagem, quiça insanidade - de ambos é óbvio, foi a quebra de ritmo a partir da segunda metade da prova, que a meu perceber, tratava-se do momento mais crítico e importante da corrida.
tá quebrado... tá?
Diametralmente oposto aos insanos, nosso decano Eduardo Rodrigues (03:40:55), corria como se estivesse fazendo o longão do final de semana: 1) frequência cardíaca moderada; 2) passos coordenados; 3) frequência respiratória na zona de conforto; 4) hidratação e suplementação nos pontos chave, enfim, corria por pura paixão.
Eduardo e Marcelo
Quase na mesma intensidade, Marcelo Alves (04:20:04), corria para obter o "Qualifying " para a Comrades Marathon 2016 - ou seja, não havia espaço para traquinagens, mudanças na estratégia ou decisões de última hora.

Quanto ao amigo Márcio Costa (03:43:27), imagino que experimentou sensações ambíguas, tendo em vista que até o famoso muro do km 32/33, ditava ritmo impressionante para a estréia. É nítido que o finalzinho da prova não estava em seu roteiro, todavia, avalio ter sido uma excelente corrida para o guerreiro.
Rafael, Marcelo, Samuel, Vilmar, Silvestre, Eduardo
Pedro, Ricardo, Carlos
Não menos importante, ainda na relação de amigos tínhamos: Gilberto Barbosa (04:08:17); Antonio Horácio (03:42:15); Renato Santos (03:23:13) e Thiago Coutinho (03:22:34) da Equipe Só Canelas; o casca grossa do Jorge Coentro (03:39:15)Ricardo Silva (03:50:56) e Carlos Arraiz de São Paulo (03:28:22)Luiz Holanda (03:50:02); Marcelo Gurgel (03:49:35) e Rafael Gama de Pernambuco (03:32:07).
Bsb Paque, Evolua e Acorja (PE)
Na elite masculina, o primeiro a passar pela linha de chegada da Maratona de Curitiba foi o pernambucano Marcos Antonio Pereira (02:21:32), seguido de outros dois brasileiros: Luis Paulo Antunes (02:23:59) e Júlio Cesar (02:30:12).

Na prova feminina, a vitória foi da queniana Jacklyne Rinoripo (02:50:22), seguida pela paranaense Dione Chillemi (03:02:06) e na terceira colocação Tecla Chibet (03:10:13).

No momento de regresso dos amigos a Brasília, entre os vários assuntos que foram debatidos no saguão do Aeroporto Afonso Pena, um tema sobressaiu-se, qual seja:

1) - O Quelônio quebrou o Samuel? 2) - Samuel quebrou o Quelônio? ou 3) Vice e Versa?


Para juízo de valor, veja e compare os dados do GPS do ST com os dados do GPS do Quelônio.


Forte abraço e nos vemos no caminho!!!

Dionísio Silvestre


6 comentários:

  1. Companheiro Silvestre,

    Realmente foi uma corrida traquina, um tirando a concentração e o ritmo do outro, foi divertido e pagamos com tempos altos para nossos treinos mas mostramos determinação para terminar quebrado, kkkk, valeu cada km, encontrar os amigos nas corridas e sempre uma grande festa.

    Agora é focar nosso próximo desafio a Br 135+, vamos treinar!

    Aquele abraço,
    Samuel Toledo

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    1. Guru,

      No imaginário popular, existe a máxima: "depois da tempestade vem a bonança". Neste momento, no conforto dos nossos lares, conseguimos mentalizar cada km percorrido naquela traquinagem, típica de corredores determinados.

      Em verdade, não tem preço desfrutar essas aventuras ao lado dos amigos, pois sozinho, a empreitada não teria a dimensão e a festa pós prova.

      Forte abraço e nos vemos no caminho na BR 135+.

      Silvestre

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  2. Completar mais uma Maratona de Curitiba foi algo gratificante e digno de comemorar, desde do km16 sofri horrores com dor nas costas. Depois do km25 a dor irradiou para o quadril perna direita. Foi uma luta mental para não desistir, cada passada parecia que estava levando uma pancada nas costas. Um corredor de Curitiba, que vinha travando suas lutas internas percebeu meu sofrimento e correu do meu lado boa parte da corrida um apoiando ao outro (fica aqui o meu abraço ao Alceu!). Estou feliz por ter terminado essa prova principalmente por ter obtido o qualifyng para Comrades 2016! Silvestre, meu muito obrigado pelo abraço que me deu na chegada comemorando comigo a conquista. Aos amigos que estiveram junto comigo nessa jornada "OBRIGADO" e vamos que vamos!

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    1. Marcello,

      Na resenha da 90ª Comrades Marathon, que foi disputada neste ano, sabendo da sua devoção pela prova, inseri mensagem para que você nos respondesse.

      Assim, imagino que a conclusão da Maratona Internacional de Curitiba é o primeiro capítulo da sua saga na Rainha das Ultras.

      Forte abraço, parabéns pela conquista!!!

      Silvestre

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  3. Meu amigo Silvestre,

    Mais uma resenha digna de elogios. Parabéns pelo texto.
    De fato a maratona cobra caro pelas traquinagens dos "joõozinhos" das ruas.
    E não seria diferente com os mestre "Quelônio e ST".
    No mais, a maratona de Curitiba se consolida como uma excelente corrida, bem organizada, prazerosa, apesar de seu nível de dificuldade, e promotora de encontros com pessoas que amam o esporte mais integrativo que conheço: a corrida de rua amadora;

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    1. Eduardo,

      Leitura perfeita sobre a prova: "excelente corrida, bem organizada, prazerosa, alto nível técnico, integração de pessoas que amam o esporte".

      Ademais, foi bom demais vê-lo recuperado da lesão sofrida na Comrades e acima de tudo correndo com sabedoria e a desenvoltura de sempre. Forte abraço,

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Aos leitores do blog "Correr é Pura Paixão" deixo meu profundo agradecimento. Aguardo seu comentário, uma vez que a participação de vocês é de grande importância para o aprimoramento dos relatos.

Ultra abraço,

Dionisio Silvestre