Bem que esta frase poderia ter sido construída pelo amigo Samuel Toledo, o guru e mentor da Equipe Bsb Parque, todavia, foi a maneira que escolhi para homenagear e retratar um pouco sobre a singular personalidade deste nobre amigo.
A princípio, este relato versaria sobre a 22ª Volta a Ilha, Florianópolis, Santa Catarina, disputada no dia 08 de abril de 2017; sobre a magia que a prova nos transmite, sobre a atmosfera contagiante que as 400 equipes proporcionam aos que assistem a competição.
Então, por onde começar? - Já sei, vou começar reproduzindo um texto que o próprio Samuel Toledo divulgou, em passado recente, no propósito de cooptar novos participantes para a tão amada corrida de rua.
Amigos, comecei a correr aos 37 anos, no ano de 2001; foi tudo muito empolgante, fazer novos amigos, viajar, superar marcas pessoais, elaborar treinos, tudo acontecendo rápido, e neste mesmo ano fiz minha primeira maratona.
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Amigos, comecei a correr aos 37 anos, no ano de 2001; foi tudo muito empolgante, fazer novos amigos, viajar, superar marcas pessoais, elaborar treinos, tudo acontecendo rápido, e neste mesmo ano fiz minha primeira maratona.
Samuel Toledo |
O treino de domingo na maioria das vezes era realizado também no parque, somente quando estava treinando para alguma prova muito especifica, procurava fazer em condições próximas do que iria enfrentar na prova, correr em trilha, areia, estrada de terra, subidas longas, etc...
Para cada prova tenho sempre um objetivo e um desafio, e estas metas me motivam a treinar, também tem sempre corredores que desejávamos superar na prova, colocando assim mais lenha na competição, tudo em clima saudável.
Durante estes dezesseis anos que corro muitos amigos vieram e ficaram, outros foram e alguns retornaram, uns após deixarem de correr permaneceram próximos, outros se foram por mudança, por lesão, por outro esporte, mas todos procuro guardar na lembrança.
Me esforço para ser competitivo comigo e comprometido com os treinos e provas, com o passar dos anos comecei a priorizar mais a quantidade de provas que o desempenho nelas, fazendo 7 a 9 provas no ano entre maratonas e ultramaratonas.
Todos os corredores querem evitar parar por contusão, eu fiquei parado uma ocasião em razão do nervo ciático, realmente é muito difícil, corresse o risco de mudar sua rotina e quando melhorar não voltar para os treinos por ter ocupado o tempo com outra atividade, para não cair nesta cilada, eu ia para o parque passar o tempo conversando ou caminhando.
Tenho preferência por corridas longas, isto em razão da intensidade de cada corrida, as corridas mais curtas de meia maratona para baixo são corridas rápidas, que fazemos no nosso limite, alta intensidade, nas longas sinto mais prazer vou mais tranquilo e curto mais a prova, penso também que as curtas em razão dos treinos intensos pode provocar mais contusões.
Mas as corridas que mais gosto são as de equipe com revezamento em terrenos variados e longa, quando mais longa melhor, este tipo de prova conta muito a estratégia de cada equipe, e a sinergia e doação dos corredores.
Espero continuar ativo e correndo em companhia dos amigos durante muitos anos, vamos treinar turma.
Aquele abraço,
Samuel Toledo
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Coloquei em destaque (negrito) a derradeira frase daquele pretenso relato e agora vou dissecar a mensagem: a) espero; b) continuar ativo; c) correndo; d) companhia dos amigos; e) muitos anos; f) vamos treinar; g) turma.
Na contabilidade, 16 anos de passaram desde que o camarada começou a correr e destes, exatos 11 (onze) anos foram dedicados à mágica e exuberante Volta a Ilha, ou seja, nada mais, nada menos do que a metade das etapas até aqui disputadas.
Nossos preparativos começaram, ops!!! digo: os preparativos implementados pelo Samuel remontam aos meses de outubro e novembro do ano passado, tais como: a) inscrição da Equipe Bsb Parque; b) reserva antecipada de hotel; c) reserva antecipada de veículo para servir de apoio no dia da prova; d) pesquisa sobre passagens financeiramente viáveis; e) detalhamento da estratégia da equipe (trecho a trecho); f) fomentar atmosfera contagiante entre os integrantes do grupo, enfim!!! - Esse é o nosso guru!!!
Os integrantes da Equipe Bsb Parque escalados para a 22ª Volta a Ilha eram: Samuel Toledo, Jaqueline Toledo, Lucas Toledo, Laila Toledo (vai vendo!!!), Antonio; Silvestre, Sérgio e Márcio.
Eram!!! - Observou? - Eram, porque Mestre Samukinha não admite viajar 1677 Kms de Brasília a Florianópolis e correr um ou no máximo, dois trechos do percurso. A linha de pensamento do guerreiro é: "quanto mais, melhor e quanto pior, melhor". Puro sofrimento!!!
A rigor, estávamos lá: Samuel, Silvestre Sérgio e Márcio, para percorrer os 140 Km em torno da ilha, algo em torno de 35 Km para cada integrante, simples assim!!!
Entre o quarteto, dois estavam estreando na prova: Márcio e Silvestre, daí, não conheciam absolutamente nada do percurso e o outro camarada: Sérgio, havia participado uma única oportunidade e também não tinha a exata noção para onde iríamos quando o Mestre Samukinha estivesse correndo, ou seja, diversão garantida!!!
É diversão garantida agora!!! - Neste momento em que estou desenhando o formato da resenha, porque na hora toca o PQP e ninguém entende nada, os ânimos vão no limite, testa-se a paciência e o bom humor, os atrasos ocorrem e no final, tudo dá certo, por incrível que pareça!!!
O único momento de harmonia era quando o guru estava dentro do carro de apoio, daí, ele indicava o caminho correto, a forma mais rápida de avançar para o próximo posto de controle, e os pebinhas se alimentavam, respiravam aliviados daquela tensão da prova.
Sobre o nível de dificuldade da prova, só indo lá para entender como uma prova que reúne tanta adversidade pode encantar os amantes da corrida, pois ao mesmo tempo em que se corre por cenários exuberantes, enfrenta-se condições impensáveis, que diga-se a trilha no trecho da Praia Brava; e o famoso Morro do Sertão (segmentos por onde passei).
Sabe aquela famosa imagem da equipe completa concluindo a prova do revezamento?
Então!!! não temos!!!
Não temos porque o maluco do Samuel sentou os cravos no último trecho da prova, que correspondia a 6,2 Km, sob ritmo de 04:25 min/km, ou seja, gastou 27 minutos e 20 segundos, enquanto nós (Silvestre, Sérgio e Márcio) estávamos perdidos no retorno ao ponto de encerramento da Volta a Ilha.
Márcio, Samuel, Sérgio, Silvestre |
No resumo da ópera, concluímos o desafio dos 140 Km em 13 horas, 24 minutos e 41 segundos, 60ª colocação entre as 400 equipes que participaram da competição.
Medalhas 22ª Volta a Ilha *********************************** ************************ ************* |
Parabens pelo texto e pela corrida. Show
ResponderExcluirValeu guerreiro(a)!!!
ExcluirParticipar das corridas com os amigos é VIDA!
ResponderExcluirFizemos uma excelente prova e em equipe conquistamos cada km na volta à Ilha com garra, doação e união.
Não estávamos em nossas melhores condições, cada um superando dificuldades e se doando para concluir o desafio, fizemos nosso melhor naquele momento, mas temos condições de melhorar em muito nosso tempo, e este é nosso desafio para 2018.
Na volta à Ilha tem três percursos que eu os considero emblemáticos pela beleza e dificuldade em corre-los, são eles:
trecho 6 – Cachoeira do Bom Jesus para Praia Brava 10,4km;
trecho 9 – Praia do Santinho para Moçambique 8,4km e
trecho 15 – Açores para Tapera (Morro do Sertão) 16,7km
Sendo assim programei para que cada um dos amigos fizesse um destes trechos, assim poderiam guardar em suas memorias a beleza e a dificuldade de fazer a Volta à Ilha.
Eu corri 34 km em 5 trechos:
• trecho 1 de 10,1km - em sua grande maioria plano, tem algumas subidas depois do km 6, no final tem uma passarela onde é impossível manter o ritmo;
• trecho 5 de 5,3km - a dificuldade deste trecho é uma subida entre o km 1 e 2;
• trecho 8 de 4,7km - percurso na areia da praia e trilhas com areia e água, este ano não tinha muita água na trilha e estava sem grandes dificuldades para correr;
• trecho 13 de 7,7km - em areia fofa, neste eu paguei meus pecados, fiquei buscando onde estava melhor para correr na areia molhada e fofa onde a onda batia ou na areia seca e mais fofa ainda! Conclusão! não tinha caminho fácil, corri hora em uma hora em outra, terminei com dor na panturrilha esquerda e na lateral do corpo por correr muito inclinado;
• trecho 17 de 6,2km - basicamente plano com um subida no km 2, procurei fazer no meu limite, o bom foi que no final um corredor me passou e fomos disputando passada a passada ate a chegada, ele chegou na frente por um pé, depois veio me parabenizar pela disputa, o bom da corrida e isto “da disputa nasceu o respeito e a amizade”.
Silvestre, Marcio e Sérgio obrigado pela amizade e diversão.
Aquele abraço,
Samuel Toledo
Não falei para vocês amigos que o camarada é fera e põe "mais lenha no fogo". Imaginem!!! o que nos espera para o ano de 2018. Vai vendo!!!
ExcluirA minha missão foi percorrer os trechos 2 (9,8 km), 6 (10,4 km), 10 (5,7 km) e 14 (9,3 km), perfazendo um total de 35,2 km. Foi a minha segunda participação, a primeira foi em 2016 e, portanto, já imaginava o que esperar... Contudo, no final das contas, em 2017 a tarefa foi menos difícil principalmente por dois motivos, a saber: i) começamos mais cedo a prova e, assim, evitamos os engarrafamentos monstro em determinados trechos; e ii) o clima estava bem ameno, diferente de 2016 em que estava muito quente. Ainda que, em 2017, não tínhamos um motorista para nos guiar, o que dificultou um pouco as coisas em alguns poucos momentos, penso que, no balanço final, a missão em 2017 foi menos difícil que em 2016. Digo menos difícil e não mais fácil propositadamente. É uma prova bonita, com paisagens belas e participantes motivados, alegres, mas extremamente desgastante. Os trechos, num total de 17, variam o tipo de terreno: areia fofa, trilha, asfalto etc. Nós quatro tivemos que adaptar a diversos tipos de terrenos na nossa aventura. Foi mais uma experiência muito boa! Seja no desafio em si seja no convívio com os integrantes da equipe, na minha avaliação pessoal, saí um indivíduo menos ruim após a empreitada. Em oportunidades assim, podemos, nos momentos de convívio e solidão, analisar as nossas ações e comportamentos e confrontá-los sobre o que pensamos ser para tirar conclusões. É um exercício que demanda paciência e humildade de quem faz, porém, vale a pena. Por isso e por tudo o que os meus olhos não observaram, mas que estiveram presente na 22a Volta à Ilha, só tenho a agradecer ao Márcio, Samuel e Silvestre principalmente pela gentileza e paciência comigo.
ResponderExcluirAbraços,
Sergio
Vocês são verdadeiros guerreiros. Parabéns pela prova e pelo entrosamento... Amigos feras...
ResponderExcluirVocês são verdadeiros guerreiros. Parabéns pela prova e pelo entrosamento... Amigos feras...
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