sexta-feira, 25 de julho de 2014

Sobreviventes de uma corrida extrema - Pedro Sobrinho e Amigos

Extrema - Minas Gerais
Outro dia, lendo uma reportagem sobre a lenda "Bruce Fordyce", passei a compreender melhor o fascínio que alguns corredores nutrem por determinadas corridas. Utilizando uma frase simples: "A certeza do retorno chega quando as dores passam", ele resumiu o que eu ainda não consegui sintetizar nas mais variadas resenhas aqui do blog.

Ele explicava que, frente às adversidades e aos desafios, que maltratam e machucam os atletas, muitos amaldiçoam a experiência de uma prova desgastante e sobre humana. Por vezes, juram não mais voltar, entretanto, corredor é bicho neurótico e incessantemente buscam a superação individual.

O amigo Pedro Sobrinho, não fugiu à regra. Confiram o relato de sua primeira corrida de montanha em 2008.
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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Histórias e estórias da inesquecível Turma da Lixeira.

Meia Maratona de Brasilia
Samuel e Lobo em 2004
Hoje pela manhã, em Guaíra - Paraná, fazia um excelente clima para os pinguins - 11°C de temperatura. Olhei pela sacada do quarto e percebi que a chuva, somada ao frio, iriam impedir a realização daquela tradicional corrida. Imediatamente pensei: - Será que a turma da lixeira em Brasília, está com o mesmo problema?

Liguei o "wi-fi" do telefone celular, acessei o aplicativo "WhatsApp" e imediatamente comecei a me divertir com as histórias e estórias da Turma da Lixeira.

Para os que ainda não a conhecem, esclareço que é a turma de amigos de Brasília, que há considerável tempo, começaram a se reunir no Parque da Cidade, logo após o expediente de trabalho.

sábado, 5 de julho de 2014

A certeza do retorno chega quando as dores passam!!!


O título da resenha é uma frase que foi dita pela lenda Bruce Fordyce, Ultramaratonista que venceu a Comrades Marathon por 9 ocasiões, sendo 8 consecutivas - 1981; 1982; 1983; 1984; 1985; 1986; 1987; 1988 e 1990 - ao proferi-la, buscava explicar porque amadores e profissionais idolatram a prova da África do Sul e, ano após ano, retornam para corrê-la.

Sua primeira participação deu-se no ano de 1977, quando concluiu o percurso "up run", em 06:45:00, que lhe rendeu uma extraordinária 45ª posição.

No ano seguinte - 1978 - com muita determinação e bem mais experiente, ele simplesmente pulverizou o percurso "down run" em 06:11:00, ficando na 14ª posição, ou seja, correu a prova 34 minutos mais rápido do que em 1977.

A partir de 1979, Bruce Fordyce passou a concluir a prova abaixo de 6 horas. Assim, sua história passou a ser conhecida mundialmente e o ápice da carreira deu-se aos 34 anos de idade.

Aos 58 anos de vida, Bruce Fordyce retornou 31 (trinta e uma) vezes para receber as pequenas medalhas que são distribuídas aos que completam a Rainha das UltramaratonasNo quadro abaixo, sintetizei suas participações na Comrades Marathon.


Ano
Percurso
Tempo
Medalha
Geral/Sexo/Categoria
Idade
2012
Down
08:06:10
Bill Rowan
1099 / 1062 / 52
56
2011
Up
07:30:31
Bill Rowan
477 / 457 / 17
55
2010
Down
07:55:03
Bill Rowan
965 / 921 / 45
54
2009
Down
09:48:21
Bronze
3819 / 3449 / 322
53
2008
Up
10:07:33
Bronze
3710 / 3354 / 301
52
2007
Down
09:48:18
Bronze
3866 / 3514 / 291
51
2006
Up
09:41:11
Bronze
3596 / 3317 / 242
50
2005
Down
08:45:21
Bill Rowan
2311 / 2165 / 628
49
2004
Up
09:26:02
Bronze
3087 / 2879 / 880
48
2003
Down
08:53:13
Bill Rowan
2777 / 2593 / 776
47
2002
Up
09:48:46
Bronze
4250 / 3900 / 1143
46
2001
Down
08:50:52
Bill Rowan
2778 / 2603 / 0
45
2000
Up
08:41:12
Bill Rowan
2688 / 2533 / 599
44
1996
Up
06:59:30
Silver
330 / 324 / 324
40
1995
Down
08:42:48
Bill Rowan
2234 / 2139 / 1635
39
1994
Up
06:01:54
Silver
19 / 19 / 16
38
1991
Down
06:57:02
Silver
328 / 325 / 296
35
1990
Up
05:40:25
Gold
1º/1º/1º
34
1988
Up
05:27:42
Gold
1º/1º/1º
32
1987
Up
05:37:01
Gold
1º/1º/1º
31
1986
Down
05:24:07
Gold
1º/1º/1º
30
1985
Up
05:37:01
Gold
1º/1º/1º
29
1984
Down
05:27:18
Gold
1º/1º/1º
28
1983
Up
05:30:12
Gold
1º/1º/1º
27
1982
Down
05:34:22
Gold
1º/1º/1º
26
1981
Up
05:37:28
Gold
1º/1º/1º
25
1980
Down
05:40:31
Gold
1º/1º/1º
24
1979
Up
05:51:15
Gold
1º/1º/1º
23
1978
Down
06:11:00
Silver
14 / 14 / 11
22
1977
Up
06:45:00
Silver
45 / 45 / 33
21



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Hoje, 05 de julho de 2014 - sábado - em mais uma oportunidade me deparo com o dilema: "coincidência ou destino".

Ontem à tarde, em uma partida muito confusa, vencemos a Colômbia pelo placar de 2 x 1, e vamos disputar mais uma semifinal de Copa do Mundo.

De todas as cenas, aquela "joelhada" não saiu de minha memória e penso que, tão cedo, não sairá da lembrança das pessoas que amam os esportes, e assim, enxergam nas práticas esportivas um mecanismo que se destina à formação do ser humano.

Não tenho um juízo de valor sobre porque tem que ser assim!!! 

- Por que, nos esportes de contato não podemos ter a lealdade como bandeira maior?

- Por que, diante de tamanha violência, muitos se acovardam e deixam aquela cena medieval se tornar mais uma entre as muitas que continuarão a acontecer no futebol?

- Por que, do lado de cá, sempre temos que usar o discurso do "politicamente correto"?

Sei que construí o texto com a alma irresignada, não aceitando aquela cena medieval, mas, embora a história do Bruce Fordyce não tenha nada a ver com a da joelhada, tenho a convicção que o retorno do guerreiro se dará ainda mais triunfal quando suas dores passarem!!! - Força Neymar!!!

Ultra abraço e nos vemos no caminho!!!

Dionísio Silvestre